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Pense nas pequenas primeiro


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“Por mais longa que seja a jornada, o importante é dar o primeiro passo”

O Brasil tem cerca de 213 milhões de habitantes, e 46 milhões de brasileiros — o equivalente a 22% da população — já são ou desejam ser empreendedores. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), ter o próprio negócio é o segundo maior sonho dos brasileiros, atrás apenas da casa própria.


De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o país possui aproximadamente 23 milhões de empresas ativas, sendo 99% pequenos negócios — formados por MEIs, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Apenas 1% corresponde a médias e grandes organizações.


A classificação atual é: MEI (até R$ 81 mil/ano), Microempresa (até R$ 360 mil), Pequena Empresa (até R$ 4,8 milhões), Média Empresa (até R$ 300 milhões) e Grande Empresa (acima de R$ 300 milhões).


Os pequenos negócios são o motor silencioso

da economia brasileira: geram 55% dos empregos formais, representam 99% dos CNPJs ativos e respondem por cerca de 30% do PIB nacional. São a base do desenvolvimento regional e da inclusão produtiva.


No Espírito Santo, com 4,1 milhões de habitantes, existem 550 mil empresas ativas, das quais 400 mil são MEIs. Apenas 1% se enquadra como média ou grande. Essa estrutura demonstra o peso dos pequenos na economia capixaba e o quanto políticas adequadas podem impulsionar o crescimento local.


Uma estratégia eficaz para acelerar o desenvolvimento é adotar o princípio “Pense nas Pequenas Primeiro” (Think Small First), política consagrada na União Europeia há mais de uma década. O conceito propõe que toda formulação de leis e regulamentos — em qualquer esfera — avalie previamente os impactos sobre os pequenos negócios. A lógica é simples: se uma medida é boa para o pequeno, tende a ser boa para todos.


Entretanto, a maior parte das legislações é pensada para grandes empresas, com estrutura administrativa e suporte técnico para lidar com a complexa burocracia brasileira. Já os pequenos empreendedores enfrentam entraves tributários, excesso de obrigações e dificuldades de acesso a crédito e inovação.


É fundamental que órgãos públicos, assembleias e câmaras municipais adotem rotinas de análise de impacto regulatório voltadas ao pequeno empreendedor. Além disso, federações, associações empresariais, sindicatos patronais e o SEBRAE precisam participar ativamente dessa construção.


O Espírito Santo poderia ser pioneiro ao criar um Programa Estadual “Pense nas Pequenas Primeiro”, voltado à desburocratização, simplificação tributária e incentivo à inovação.


Valorizar os pequenos negócios — 99% das empresas capixabas — significa fortalecer a base da economia, gerar empregos e estimular o desenvolvimento sustentável. Mesmo as médias e grandes empresas seriam beneficiadas, pois dependem da vitalidade de seus fornecedores de menor porte.


Relembro um antigo provérbio oriental que diz: “Por mais longa que seja a jornada, o importante é dar o primeiro passo”. Pensar pequeno, neste caso, é pensar grande.

 
 
 

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